Não dá para dizer que foi uma surpresa. Nem mesmo o sustinho da sexta-feira, quando Hamilton ficou estacionado no meio da pista em sua primeira volta no Albert Park fez alguém duvidar que a pole do GP da Austrália estaria provavelmente em suas mãos. Ou então com seu companheiro de Mercedes, Rosberg, que ficou em terceiro.

O que (quase) ninguém esperava é que a Red Bull fosse estar na primeira fila. Muito menos com Ricciardo. E que Vettel estaria longe, muito longe.

Foi a pior classificação do tetracampeão desde o GP Brasil de 2009, sem levar em conta o GP de Abu Dhabi de 2012, quando ele se classificou em terceiro mas foi punido porque seu carro não tinha o combustível mínimo exigido pela FIA.

Na entrevista pós-treino, agora há pouco, Vettel culpou a falta de dirigibilidade de seu carro pela diferença de seu resultado para o de Ricciardo, que estava com um sorriso ainda maior do que tem geralmente (juro que não achei que era possível…). O alemão, claro, foi político e disse estar feliz pelo companheiro e falou que o resultado mostra que seu carro tem potencial #fato. Já a Renault disse que o problema foi num software do carro de Vettel.

Quem também não saiu feliz do Albert Park neste sábado foi Massa. Ele e a Williams acreditavam que podiam estar entre os cinco primeiros do grid, mas não contavam com o mau desempenho do FW36 sob chuva.

O piloto brasileiro disse, porém, que como a previsão para a corrida é de pista seca ele está otimista. Vamos ver.

Outras surpresas do treino de hoje: Magnussen cravou Button logo de cara,  a dupla da Toro Rosso (Vergne e Kvyat) se classificou entre os dez e Raikkonen bateu no fim do Q2 e vai largar só em 11º (Alonso sai em quinto).

Isso posto, na corrida de amanhã qualquer coisa pode acontecer. A previsão é de tempo seco, mas aqui em Melbourne nunca se sabe… O limite de 100 kg de combustível pode deixar muita gente pelo caminho. E a confiabilidade dos carros ainda é uma incógnita.

Alguém se arrisca?