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Perfil Tatiana Cunha é repórter e acompanha todas as etapas da F-1

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20 anos sem Senna

Por tatiana
30/04/14 12:42
O capacete e o carro de Senna na McLaren (Divulgação)

O capacete e o carro de Senna na McLaren (Divulgação)

Lembro como se tivesse sido no domingo passado e não há 20 anos.

Tinha saído no sábado à noite e não acordei a tempo de ver a largada da corrida com meu pai, uma espécie de tradição nossa nos domingos de GP.

Quando acordei, fui direto para a cozinha, onde minha mãe estava fazendo uma torta de camarão para o almoço. Assim que me viu, ela perguntou se eu já tinha falado com meu pai e eu respondi que não. “Parece que o Senna teve um acidente. E é grave.”

Esqueci do café e fui direto para a sala de TV, onde meu pai assistia ao GP de San Marino. Não demorou muito para eu entender a gravidade da situação.

Depois disso minhas recordações são meio confusas. Lembro de ficar na frente da TV o máximo possível, até que a notícia veio. Lembro que o São Paulo jogava naquele domingo (naquela época eu era mais são-paulina do que sou hoje #prontofalei) e que fizeram um minuto de silêncio. Alguns jogadores choravam.

Depois disso tenho alguns flashes. Lembro de falar com uma amiga, também chocada, pelo telefone. Lembro de ir para a faculdade no dia seguinte e nos dias que se seguiram. Lembro de passar um dia do lado da Assembleia, quando seu corpo estava sendo velado, e ver muita gente pelas ruas. Lembro de chorar no ônibus ao passar por lá.

Depois daquele 1º de maio a F-1 ficou meio sem sentido para mim. Acordar cedo aos domingos para que?

Meu pai continuou fiel. Acordando para ver as corridas. Ele me chamava. Mas eu preferia voltar a dormir. De vez em quando dava uma olhada, mas sem grande interesse.

Uma das minhas primeiras memórias da F-1 é estar no apartamento dos meus avós, num sábado à noite, e meu pai me chamar para assistir ao “Sinal Verde” (#opsreveleiminhaidade). Lembro que o Reginaldo Leme, que hoje tenho o prazer de poder chamar de Regi e que é uma das pessoas mais queridas com quem convivo na F-1, falava alguma coisa do Piquet.

E meu pai me dizia para eu torcer para ele, que ele podia ser campeão. E eu dizia que não, que “não ia com a cara dele”.

Por algum motivo sempre fui “Sennista”, como gostam de dizer.

E depois de Imola, a F-1 já não me fazia mais acordar cedo. Demorei dois anos até retomar o gosto pelo esporte. Lembro que 1996 foi o primeiro campeonato que acompanhei de verdade depois da morte de Senna.

E desde então não parei mais. Nunca pensei que quatro anos depois estaria em Interlagos entrevistando Villeneuve, para minha primeira matéria assinada na Folha.

E que, 11 anos depois assumiria o posto de “setorista” de F-1 no jornal para viajar para todas as corridas.

E que 20 anos depois daquele fatídico 1º de maio estaria eu embarcando em um voo para Bolonha para cobrir as homenagens pelo aniversário da morte dele.

Valeu, Senna!

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