E lá vamos nós mais uma vez.

Tá certo que depois de alguns anos de domínio da Red Bull _ok, Vettel_ na F-1 tudo o que a gente não queria era mais uma hegemonia e um campeonato previsível. E, depois de vermos nossas esperanças de que as mudanças no regulamento dessem uma grande chacoalhada no esporte, vimos apenas a categoria trocar de mãos: da Red Bull para a Mercedes.

Mas, pelo menos, houve uma grande diferença nestas seis primeiras corridas. Se na hegemonia anterior já sabíamos que por mais que Webber remasse quem chegaria na praia antes seria sempre Vettel, agora a história é bem diferente.

Hamilton e Rosberg já deram mostras de que vão lutar curva a curva, milésimo de segundo a milésimo de segundo por este título. E fora das pistas também já deixaram claro que farão o que estiver ao alcance deles para ficar com a taça.

Justamente por isso fico decepcionada quando vejo que parte da imprensa internacional tenta achar pelo em ovo. E quer criar confusão.

Que a relação entre os dois já foi pro vinagre e que teremos muitas e muitas linhas para escrever sobre isso daqui até o final do campeonato já é fato. Daí a querer criar mais polêmica é um pouco demais.

Agora pegaram as declarações de Hamilton sobre sua infância (na qual ele se comparou a Rosberg, que foi criado com leite de vaca sem stress em Mônaco #tozoando) e foram “repercutir” com os governantes de Stevenage, cidade onde ele nasceu.

Hellooooooooo! Alguém duvidaria que os políticos locais não morderiam a isca e iriam aproveitar o espaço para aparecer? Óbvio!!! Um prato cheio para os tabloides ingleses.

No paddock todo mundo já se acostumou com a “bipolaridade” de Hamilton, que vai de um final de semana brilhante para um no qual parece um zumbi. Em Mônaco, ele deu indícios de estar indo por este (mau) caminho mais uma vez.

Pelo bem do campeonato (e porque sou muito mais Hamilton do que Rosberg) espero que ele não dê atenção a tudo isso e que se mantenha focado. Porque acredito que só mesmo Hamilton pode tirar este título de Hamilton.