Sebastian e Hanna em jogo do Barcelona no ano passado (Albert Gea/Reuters)

Ok, ok, eu sei que muita gente entortou o nariz quando postei aqui sobre o casamento do Rosberg, mas agora é importante! Sebastian Vettel vai ser pai!

O tetracampeão mundial confirmou hoje, via assessoria de imprensa, que sua namorada dos tempos de colégio em Heppenheim, Hanna Prater, está grávida.

A alemã, que já era figura muito rara nos circuitos, ao contrário da maioria das namoradas/mulheres de pilotos, deve ficar ainda mais escondida nos próximos meses. Assim como ela, Vettel é avesso a badalação, redes sociais e afins e sempre faz questão de preservar sua vida particular.

Na Índia, quando fiz aquela longa entrevista com ele às vésperas do título (se não leu, sempre há tempo de ler aqui), Vettel disse que ainda não pensava em ter bebês.

“Acho que ainda tenho tempo para isso. Ainda está longe. Se olhar para minha infância e como meus pais me criaram, aprecio o fato de terem passado tempo comigo. Acho que se você tem tempo para ficar com seus filhos é a melhor coisa que pode fazer por eles. Não importa o que eles façam depois”, disse ele.

Reza a lenda no automobilismo que piloto que tem filho perde velocidade… Massa jura que é mentira _Felipinho nasceu em 2009 (coincidência?!).

Mas Grosjean está aí para desmentir. Depois do nascimento de Sacha neste ano ele melhorou muito e foi ao pódio diversas vezes.

E não podemos esquecer que Schumacher não parou de ganhar depois que teve sua dupla, Gina Maria e Mick…

Seria seu próprio rebento o único capaz de parar Sebastian Vettel? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Vettel dispara na largada do GP de Abu Dhabi deste ano (Srdjan Suki/Efe)

Como quem não quer nada, a FIA divulgou hoje um pacote com novidades para os próximos Mundiais de F-1. Lá no fim do comunicado, o último item para ser mais exata, a entidade comunica que, a partir do ano que vem, a última corrida da temporada passará a valer o dobro da pontuação, tanto para o Mundial de Pilotos como para o de Construtores.

Justifica a novidade dizendo que visa “maximizar o foco do campeonato até o fim da campanha”. Mas queria dizer: para evitar que Vettel e a Red Bull ganhem os próximos campeonatos com muita antecedência e tirem a graça do campeonato (e a gente perca audiência e dinheiro).

Mas o que pode parecer um incentivo para que pilotos e equipes deem o máximo nesta última corrida pode também abrir um precedente perigoso, já que esta será a primeira vez na história da categoria que uma corrida vale mais que as outras.

A gente sabe que dinheiro é o que move o esporte (não falo só de F-1 aqui) atualmente. Vai que os organizadores do, sei lá, GP do Bahrein ofereçam uma bolada pro Bernie para ter um GP com o dobro da pontuação também? E o de Mônaco tem a mesma ideia?

O perigo é a parte esportiva acabar ficando em segundo plano para atender a interesses comerciais. Repito, não que isso não aconteça hoje em dia, mas a coisa pode piorar _e muito. Aliás, só eu achei coincidência o fato de Abu Dhabi ter tirado do Brasil, na última hora, o status de última corrida no ano que vem? Ou será que eles já não sabiam desta novidade?

Mas voltando ao comunicado de hoje, as outras novidades são menos polêmicas (você pode ler em detalhes aqui): teto de gastos para 2015 e numeração fixa para os pilotos a partir de 2014.

Esta última eu achei bacana. É só ver o exemplo do Valentino e seu 46 na MotoGP. Acho que pode ser legal na F-1, mas no fim das contas vai valer mesmo pra Vettel, Alonso, Hamilton e outros poucos. Ou alguém vai lembrar o número do Pic e do Van der Garde?

Vettel e seu quarto troféu de campeão do mundo (FIA/Divulgação)

Sexta-feira foi dia de sorteio dos grupos da próxima Copa, aqui no Brasil (tá chegando!!), mas foi também dia da cerimônia de gala da FIA, a festa que eles promovem anualmente e na qual entregam os troféus para os melhores do ano. Vettel recebeu seu quarto troféu de campeão do mundo, assim como a Red Bull.

Quem também esteve em Paris para a cerimônia foi Alonso, que pela terceira vez nos últimos quatro anos recebeu a taça pelo vice-campeonato mundial, e Webber, que ganhou o troféu pela terceira colocação em sua última temporada na F-1.

Infelizmente não pude ir ao evento (leia-se não fui convidada, ahahaha), mas tinha alguns infiltrados que me disseram que a festa foi meio miada, apesar de a atração principal ter sido um show das meninas do Moulin Rouge.  E que um dos momentos mais divertidos da noite foi quando o tema “multi 21” foi levantado num vídeo da FIA (alguém já achou isso no youtube?).

E, aproveitando o encerramento oficial da temporada de 2013, quero pedir a ajuda de vocês para fazermos uma lista com o melhor (e o pior) do ano, que tal?

Qual foi a melhor corrida? E a pior? A melhor ultrapassagem? O melhor e o pior piloto? O melhor novato? E o piloto que mais evolui em 2013?

Alonso exibe a taça pelo segundo lugar no Mundial de Pilotos (FIA/Divulgação)

O calendário definitivo de 2014 para imprimir, recortar e guardar

Eita! Demorou, mas saiu!

E como os segredos na F-1 são cada vez menos secretos, o que todo mundo já esperava aconteceu: apesar de estarem na versão provisória do calendário divulgado pela FIA em setembro, os GPs da Coreia do Sul, do México e de Nova Jérsei não estão na versão definitiva divulgada hoje.

Fora isso, a única troca aconteceu com a saída da Índia e a entrada da Rússia.

Outras novidades na versão com 19 corridas divulgada hoje foi a inversão de Brasil e Abu Dhabi. A corrida em São Paulo deixará de encerrar o calendário, como aconteceu nos últimos anos.

As três últimas etapas em 2014 (EUA, Brasil e Abu Dhabi) também foram empurradas em uma semana. Com isso a temporada vai acabar só no dia 23 de novembro.

Mas o que importa mesmo é que faltam exatos 101 dias para o GP da Austrália!!

Massa chega aos boxes com pneu estourado no GP da Inglaterra (Nigel Roddis/Reuters)

A Pirelli divulgou hoje dados interessantes para quem gosta de F-1. Depois de passar a temporada inteira sob o microscópio, seja por ter sido a “responsável” por corridas emocionantes ou quando virou a “vilã” por distribuir compostos que estouravam no meio das provas, a fornecedora italiana de pneus compilou dados das últimas três temporadas da categoria.

Os números vão desde a quantidade de pit stops nas provas à quantidade de sobremesas servidas em seu motorhome durante o ano (eu devo ter sido responsável por umas quatro…).

Vamos aos números:

• pneus fornecidos de 2011 a 2013: 112.200 (93.600 para corridas e 18.600 para testes, sendo que dos de corrida, 68.800 eram slick e 24.800 de chuva)
• pneus efetivamente usados em corridas: 72.200 (65.800 slick e 7.400 de chuva)
• total de pit stops: 3.019 (58 foram drive through e 9 stop and go)
• média de pit stops em 2013: 50,05 por corrida e 2,3 por piloto
• GP com mais pit stops: Hungria-11, com 88
• GP com menos pit stops: EUA-12 e Itália-13, com 24
• total de ultrapassagens: 3.274 (média de 56 por corrida)
• ultrapassagens em 2013: 985
• GP com mais ultrapassagens, sem chuva: Turquia-11, com 126
• GP com mais ultrapassagens, com chuva: Brasil-12, com 147
• GP com menos ultrapassagens, sem chuva: Mônaco-12, com 12
• GP mais longo de 2013: Mônaco, com 2h17min52s056
• GP mais curto de 2013:  Itália, com 1h18min33s352
• blocos de notas distribuídos no paddock: 1.125 (eu devo ter usado uns três)
• refeições servidas no motorhome em 2013: 12.500
• kg de macarrão servidos: 900
• pizzas assadas: 240
• sobremesas consumidas: 6.000

Hulkenberg, que volta à Force India em 2014 (Srdjan Suki/Efe)

E o grid da F-1 em 2014 vai, aos poucos, tomando forma. Depois do anúncio na sexta-feira passada de que o Maldonado vai correr na Lotus no ano que vem, hoje foi a vez de a Force India confirmar um contrato de “múltiplos anos” (me irrita um pouco essa moda da F-1…) com Nico Hulkenberg, o MVP da segunda metade da temporada.

A equipe não disse quem será seu companheiro no próximo ano. Pelo que se dizia no paddock até Interlagos, quem tinha mais chance de ficar com a vaga era Adrian Sutil. Paul di Resta, aparentemente, já estava descartado (fala-se até em Indy). Mas Sergio Perez também conversa com a equipe. E na F-1 tudo sempre pode mudar de um dia pro outro…

Mas voltando ao Hulkenberg, gostei da novidade. Temi que mais uma vez ele ficasse sem uma vaga no grid, como aconteceu em 2011, quando ele esperou pela Williams até o último minuto e acabou sendo trocado pelos petrodólares de Maldonado.

Acho que a Force India tem um bom potencial para 2014, especialmente se o motor Mercedes for tudo isso que tem se falado. Mas acho que já estava na hora de Hulkenberg estar numa equipe maior. Ele já mostrou que tem talento para isso (sempre achei ele melhor que o Perez, por exemplo, que teve sua chance na McLaren) e daqui a pouco vai começar a ficar “velho” pros padrões da F-1. Ele tem 26 anos, mesma idade do Vettel, mas Vettel também não pode servir de parâmetro. Ou pode?

Há quem diga que Hulkenberg teria assinado um pré-contrato com a Ferrari para 2015. Difícil saber. Mas como a dupla Alonso-Raikkonen pode ser explosiva, não duvido que Montezemolo já tenha se precavido caso um dos dois resolva sair no fim do ano que vem.

O último #instapaddock do ano demorou mais pra sair, mas veio caprichado. Aliás, já aproveito para agradecer à ajuda do Tiago Ribas, meu colega de Folha, que fez algumas fotinhos também.

Como eu disse no primeiro post deste GP Brasil, a corrida aqui em São Paulo é sempre uma loucura em termos de trabalho. Além do jornal e do blog, as rádios consomem muito mais tempo em Interlagos (foram sete horas ao vivo entre sábado e domingo!!!) e por isso me desculpo aqui por não ter tido mais tempo para escrever.

Mas vamos ao que interessa, que são as fotos do último final de semana de F-1 em 2013. Divirtam-se!

#instapaddock Interlagos

Minha credencial assinada por Vettel hoje

Foram 19 corridas, 13 vitórias, 16 pódios, nove poles, sete voltas mais rápidas. Foram 397 pontos, mais do que conquistou a Mercedes (360), a segunda no Mundial de Construtores. E o quarto título mundial.

É até difícil achar palavras para descrever a temporada de Vettel. Com a vitória de hoje em Interlagos, o alemão chegou à nona seguida, algo que jamais havia ocorrido na F-1. Além de ampliar este recorde, o piloto da Red Bull ainda igualou outro: o de maior número de triunfos numa mesma temporada, marca de 2004, que pertencia a Schumacher.

E tudo isso com apenas 26 anos. É verdade que ninguém sabe o que vai acontecer na categoria no próximo ano com uma mudança tão grande no regulamento.

Mas é certo que as equipes grandes continuarão sendo grandes. Além da experiência, contam com os melhores profissionais e dinheiro. Mesmo que errem no projeto de 2014, têm condições de se recuperar num curto espaço de tempo. Ou seja, ainda devemos ver muitos outros recordes de Vettel nos próximos anos.

Mas voltando ao GP Brasil, mesmo com mais uma vitória fácil do alemão, a corrida não deixou a desejar. Webber fez uma boa prova de despedida e Alonso, como esperado, deu trabalho e conseguiu voltar ao pódio pela primeira vez desde Cingapura.

Massa fazia uma ótima corrida até levar um drive through desnecessário. Uma pena. Mas de qualquer forma foi uma ótima despedida da Ferrari. Ano que vem, equipe nova, vida nova.

Para mim foi um orgulho acompanhar tudo isso de perto, mais uma vez. O campeonato acabou, mas o blog continua de olho no que acontece na F-1.

Alonso, Vettel, o pole, e Rosberg em Interlagos (Divulgação)

Foram três sessões de treinos livres aqui em Interlagos e Vettel não foi o mais rápido em nenhuma delas. Mas, na hora que interessava, deu ele, mais uma vez. O que, honestamente, não foi nenhuma surpresa. Surpresa só os mais de seis segundos que ele colocou em cima de Rosberg, o segundo.

Foi a nona pole do piloto da Red Bull nesta temporada, a 45ª da carreira, e só a segunda aqui em São Paulo.

Vitória fácil amanhã? Talvez. Mas, se tem uma corrida no calendário que eu não me arrisco a fazer previsões é o GP Brasil.

Aqui acontece de tudo, de placa cair durante o treino de classificação, a piloto que está lutando pelo título ser acertado na largada e cair para último (leia-se o próprio, no ano passado), a outro ser campeão por alguns segundos…

Não sei se Rosberg vai conseguir manter o ritmo da Red Bull por toda a corrida, apesar de a equipe ter se mostrado forte durante todo o final de semana. Já Alonso, terceiro no grid (sua melhor classificação desde o Bahrein!!!), pode dar trabalho.

Confesso que esperava um pouco mais do Massa, que se classificou só em nono. Mas ainda acho que com a experiência dele em Interlagos e com o “fator imprevisto” ele ainda pode se recuperar e conseguir uma boa colocação nesta corrida, que marca a despedida dele da Ferrari.

Ah, e claro, a previsão do tempo para a corrida é de… pancadas de chuva. Ou seja, a última etapa da temporada tem tudo para nos fazer esquecer da monotonia do GP dos EUA, na semana passada.

Desde que anunciaram a tal reforma aqui em Interlagos, no ano passado, invariavelmente algum estrangeiro vem me perguntar: E aí, já começaram as obras? Quando o novo paddock vai ficar pronto? Este vai ser o último ano com o pit neste lugar?

Bem, a resposta publicamos hoje, na Folha. Na melhor das hipóteses, a reforma deve ficar pronta em 2015. Isso porque o projeto antigo foi deixado de lado e um novo está sendo feito. Segundo a Interpro, que organiza o GP Brasil, ele custará menos pois será menos “ambicioso”.

Outra novidade é que a extensão do contrato para Interlagos receber a F-1 até 2020, ao contrário do que foi dito antes, ainda não foi assinado. Ecclestone quer garantias de que a reforma vai sair do papel para dar o ok. E São Paulo quer garantias de que a F-1 permanecerá por mais tempo para fazer as reformas. Apesar disso, a renovação do contrato deve ser assinada em breve.

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