Foi uma pena o GP dos EUA ter sido uma corrida tão sem emoção.
Apesar de só ter entrado no calendário no ano passado, imediatamente se transformou num dos eventos mais esperados da temporada para quem trabalha na F-1. O circuito é incrível, a estrutura é excelente e o grid é um dos melhores do ano, com a torcida muito perto e sempre muito empolgada. Ok, tem o trânsito, que este ano foi um terror (hoje demorei duas horas para fazer os pouco mais de 18 km do trajeto).
E o dia começou com muitos ingredientes para um bom espetáculo: casa lotada, grid repleto de celebridades, mas com Vettel na pole. E aí a gente já sabe como funciona: ele larga, dispara na frente e aí começa a levar bronca do Rocky (o engenheiro dele) para cuidar dos pneus e não ficar cravando volta mais rápida atrás de volta mais rápida.
E foi exatamente isso. Só que se em outras corridas a gente ainda teve emoção pelas outras posições, hoje não teve muita coisa. Uma ultrapassagem aqui, outra ali. Ah, e sim, zerinhos mais uma vez pra comemorar a vitória.
Mas apesar da corrida monótona, Vettel se emocionou muito ao receber a bandeirada e estabelecer um novo recorde na F-1: nunca antes um piloto havia ganhado oito corridas consecutivas. E tem mais a caminho: se ganhar no próximo domingo, em Interlagos, iguala a marca de Schumacher de maior número de vitórias numa temporada: 13 em 2004.
O que mais tivemos? Grosjean de novo no pódio (foi o segundo) mostrando que está se tornando um piloto consistente e capaz de liderar a Lotus no ano que vem, Webber fazendo de novo uma largada horrível (caiu para quarto e chegou em terceiro) e a Ferrari perdida.
Alonso chegou em quinto e Massa foi o 12º depois de ganhar uma posição com a penalização a Vergne. O problema no carro, segundo ele, era a falta de aquecimento nos pneus.
Ele disse, porém, que isso não deve se repetir no domingo que vem, em Interlagos, quando ele se despede da Ferrari.
Pelo menos uma coisa é certa: GP Brasil é sempre garantia de corridas emocionantes.