Hamilton festeja a vitória em casa (Divulgação)

Se até aqui só Hamilton tinha sido “punido” com falhas em seu Mercedes, hoje foi a vez de Rosberg. E, cá entre nós, não podia ter vindo em melhor momento para o campeonato. Uma falha na embreagem do carro do alemão fez com que ele abandonasse o GP da Inglaterra na 29ª volta e abrisse caminho para a vitória tranquila de Hamilton. Foi seu segundo triunfo em casa, o quinto neste ano e o 27º de sua carreira na F-1.

Resultado disso, Hamilton agora chega para o GP da Alemanha, que marca a metade do campeonato, só quatro pontos atrás do companheiro de Mercedes. Sua distância estava começando a ficar perigosa e, psicologicamente, Rosberg estava muito melhor que ele. Repito, melhor para o campeonato, impossível.

A diferença de Hamilton de ontem, quando errou na classificação, para hoje era absurda. Na entrevista coletiva ele estava super de bom humor, até reclamou do troféu porcaria que recebeu no pódio.

Ao seu lado, na segunda colocação, Bottas, que a cada dia aparece como uma das revelações da temporada. O finlandês, que foi ao pódio pela primeira vez na Áustria, fez uma corrida impecável. Largou em 14º e já era o sexto na quarta volta. Fez belas ultrapassagens, não cometeu erros e, com um foguete nas mãos, não decepcionou. Já é o quinto colocado no Mundial, atrás da dupla da Mercedes, de Ricciardo e de Alonso. Tá bom pra você?

Ricciardo também fez um belo GP. Largou em oitavo e fechou o pódio em terceiro. Mudou a estratégia durante a corrida e fez só um pit stop. Outra vez chegou à frente de Vettel, seu companheiro de Red Bull, e é o terceiro na classificação do campeonato.

O tetracampeão mundial, aliás, protagonizou, ao lado de Alonso, os melhores momentos da corrida de hoje aqui em Silverstone. Os dois tiveram uma disputa maravilhosa pela quinta colocação, cheia de lindas ultrapassagens e reclamações via rádio. No fim, Vettel levou a melhor e chegou à frente do ferrarista.

O destaque negativo do domingo foi o acidente de Raikkonen na primeira volta. Não apenas pelo susto que o finlandês deu em todos ao perder o controle de seu carro e cruzar a pista perigosamente depois do impacto (de 47G), como também por ter acabado com a corrida de Massa.

O brasileiro, que parecia ter dado fim à maré de azar na Áustria, teve um domingo para esquecer. Teve um problema na embreagem na largada, caiu para último, e quando começou a se recuperar foi acertado por Raikkonen. Ele ainda teve um reflexo incrível e conseguiu minimizar o que poderia ter sido um grave acidente. Uma pena, porque com o foguete que ele tinha na mão hoje, poderia ter lutado pelo pódio.

Sobre Raikkonen, apesar do impacto da batida, ele não se machucou com gravidade. Só alguns hematomas, dores no joelho e no tornozelo, mas a Ferrari disse que ele deve estar 100% para o GP da Alemanha, em duas semanas.

(FIA)

Voltas: 52
Distância: 306,198 km
Circuito: Silverstone
Extensão: 5,891 km
Recorde da pista: M. Webber (2013), 1min33s401
Primeira corrida: 1950
Vencedor em 2013: N. Rosberg (Mercedes), 1h32min59s456 (197,566 km/h)
Pole em 2013: L. Hamilton (Mercedes), 1min29s607 (236,673 km/h)
Vitórias da pole: 23
Probabilidade de safety car: 48%
Asfalto: abrasivo
Consumo de combustível: médio
Desgaste dos freios: baixo
Pneus: médio e duro
Largada: 9h (de Brasília)

Rosberg festeja a quarta pole do ano (Divulgação)

Achei que era eu, que ainda estava sentindo os efeitos da adrenalina de ontem pós-jogo do Brasil, e não estava entendendo direito o que estava acontecendo no treino de classificação para o GP da Inglaterra aqui em Silverstone.

Mas depois de ouvir Rosberg dizer que o treino foi “maluco”, Vettel dizer que foi “bizarro” e Massa falar que foi difícil entender como Vettel vinha três segundos mais lento em sua última volta lançada e de repente, cravar a pole provisória, fiquei mais calma 😉

Sim, o treino aqui em Silverstone foi dos mais malucos, graças, obviamente, ao chove-para tradicional por aqui. Mas vamos por partes.

Rosberg foi inteligente e manteve-se na pista até o finalzinho, mesmo sem ter certeza de que poderia melhorar seu tempo. Seu companheiro de Mercedes, Hamilton, fez exatamente o oposto e se deu mal. Achou que a pista não ia mais melhorar e… acabou nos boxes, de dedos cruzados, torcendo para não despencar muito.

Resultado: pole para Rosberg e sexto lugar para Hamilton. Como falei na Áustria, acredito que o campeonato está sendo decidido por agora. E, até aqui, o alemão está dando um nó no companheiro. Daqui a pouco vai começar a ficar difícil virar o jogo.

Vettel fez o mesmo que Rosberg e melhorou seu tempo. Larga em segundo, igualando sua melhor posição do ano, na Malásia. Button, em terceiro, e Hulkenberg, em quarto, foram outras surpresas positivas.

De negativo, Ferrari e Williams. Não me surpreende em nada que os italianos tenham cometido um erro como o de hoje, porque isso é quase uma marca registrada deles. Achar que a pista vai secar quando estar chovendo. Ou achar que vai voltar a chover quando está seco…

A Williams acabou caindo na mesma pegadinha. Segurou sua dupla muito tempo nos boxes e aí já não dava mais tempo para Massa e Bottas fazerem muita coisa.

Com isso teremos um fim de grid estrelado amanhã. Bottas larga em 14º, Massa, em 15º, Alonso, em 16º, e Raikkonen, em 18º. Vale lembrar que os dois primeiros ganharam três posições pelas punições a Chilton, Gutierrez e Maldonado. Alonso ganhou dois lugares. E Raikkonen, um… #quefase

Massa falou há pouco no novíssimo motorhome da Williams e lamentou a oportunidade perdida. Disse que a equipe confiou demais no radar, quando deveria ter confiado mais no olho #fato

A previsão para amanhã é de pista seca. Mas, em se tratando de Silverstone, nunca dá para saber. Se for este o caso, não tenho dúvidas de que Hamilton poderá incomodar Rosberg. O quanto vai depender de quanto tempo ele vai precisar para chegar no companheiro de equipe. A largada é às 9h!

Hamilton, que foi o mais rápido da sexta em Silverstone (Divulgação)

Enquanto as atenções de boa parte do mundo estão no Brasil, aqui em Silverstone mais uma sexta-feira sem grandes surpresas.

A Mercedes foi, mais uma vez, a mais veloz do dia, tanto pela manhã, com Rosberg em primeiro, como pela tarde, quando Hamilton cravou o melhor tempo no geral _o companheiro foi o segundo.

Hamilton, porém, voltou à pé para os boxes, depois de ter uma falha no motor Mercedes. Apesar disso, ele disse não estar preocupado para o resto do final de semana. Afirmou apenas que a falha o fará mudar a programação do treino livre deste sábado.

Estou curiosa para ver como ele lidará com a pressão neste final de semana, especialmente se Rosberg mais uma vez o superar na corrida.

Na briga pela segunda fila, Ferrari e Red Bull parecem estar mais fortes do que a Williams. Pelo menos esta foi a impressão aqui no paddock _Alonso foi o terceiro mais rápido do dia, seguido por Ricciardo e Vettel.

Para a Williams a sexta-feira foi para esquecer. Susie Wolff, que acabou com um jejum de 22 anos de participações femininas em sessões oficiais da F-1, só conseguiu dar quatro voltas antes de ficar parada na pista com uma falha no motor de seu carro.

Logo depois, Massa bateu no mesmo local que bateu no ano passado. Acabou perdendo a sessão da manhã inteira e parte do treino da tarde. Conseguiu treinar, mas teve de usar peças antigas em seu carro por conta da batida, o que acabou atrapalhando seu desempenho. Ficou com o 11º tempo dia dia, mas disse que não está preocupado para amanhã. De qualquer forma, acho que vai ser bem difícil que eles consigam repetir o feito da Áustria.

Silverstone, que recebe a nona etapa da F-1 neste domingo

É engraçado como, com o passar dos anos, cada GP vai criando sua própria personalidade. O deste final de semana, para mim, é um dos mais “sossegados” da temporada, o que é irônico, levando-se em consideração que estou em Silverstone, um dos templos do automobilismo.

Acho que esta sensação de tranquilidade se deve ao fato de eu ficar hospedada a poucos quilômetros do circuito, exatos 8,8 km, na minúscula Wood Burcote. Eu não chamaria nem de cidade, porque se trata de uma rua (de mão única) com cinco casas.

Para chegar até a pista, dirigimos por estradinhas em meio a belos campos. A tranquilidade só termina ao chegar no circuito, sempre um dos mais lotados do ano e com os fãs mais “hard core”. Muitos começam a chegar hoje para acampar durante o final de semana.

Para, assim como eles, não perder nada até domingo, aqui vai a programação do GP da Inglaterra, sempre no horário de Brasília:

Sexta

• 6h às 7h30 – treinos livres
• 10h às 11h30 – treinos livres

Sábado

• 6h às 7h – treinos livres
• 9h – treino de classificação

Domingo

• 9h – GP da Inglaterra– 52 voltas (306,198 km)

Eu, dando uma de Ricciardo em Milton Keynes

O despertador tocou cedo. Eram 6h03 para ser mais exata. Pulei da cama como se fosse meu primeiro dia de férias (não, nunca diria de aula!). Sim, era mais um dia de céu azul e sol em Londres, mas minha felicidade nesta terça-feira tinha outra explicação.

Como vim direto da Áustria para a Inglaterra, a Red Bull me convidou para participar do que eles chamam de “Media Day” em Milton Keyes, cidade onde fica a fábrica da equipe, que era destinado à imprensa inglesa.

Depois de duas viagens de metrô, uma de trem e uma de taxi (que ironicamente tinha um adesivo da Ferrari em seu carro), cheguei ao local do evento, o Daytona Motorsports, uma pista de kart.

Sim, odeio admitir, mas cheguei para andar de kart pela primeira vez na vida. Uma vergonha para uma setorista de F-1. Ok, admito.

Mas pelo menos sei dirigir e, modéstia à parte, acho que dirijo bem. Talvez corra um pouco mais do que deveria, mas quem pode me culpar quando passo o ano seguindo o Mundial de F-1?

Bem, papéis preenchidos, era hora de participar da palestra sobre segurança. Blablabla, o que significam as bandeiras, o que podemos fazer, o básico. A esta altura meu coração já estava batendo mais forte. Fim da palestra, hora de pegar meu macacão, minhas luvas e meu capacete. Fui colocada no grupo três, de quatro que foram formados.

Ufa, teria tempo para dar uma olhada, pedir algumas dicas. Mas quem eu estava querendo enganar? Sou péssima de memória e nunca sei os traçados da F-1 de cabeça. Como eu ia aprender o do Daytona em uma hora? Deixei pra lá e resolvi usar meu “talento natural”.

Era pouco mais de 11h quando chegou a nossa vez. Capacetes bem presos, karts ligados, viseira abaixada.

A primeira coisa que senti foi o peso da direção. Nossa, como era pesada. Saí para a pista e a segunda coisa que percebi foi como o freio era lá embaixo. A primeira volta foi uma tristeza. Não sabia o que vinha depois, como o carro, ops!, o kart se comportava, só sentia o peso da direção. E, a cada segundo, pensava, vou bater, vou rodar, vou bater, vou rodar.

Minha primeira volta foi em 1min50s799. Uma eternidade. Respirei fundo e, apesar de já estar sentindo músculos do meu antebraço que não sabia que existiam, decidi que ia começar a levar aquela brincadeira a sério.

E comecei, aos poucos, a entender um pouco mais. E comecei a tentar novas tomadas, frear mais tarde, acelerar mais na saída das curvas, enfim, a brincar de piloto.

Foram só 25 minutos na pista, só tomadas de tempo, sem uma corrida propriamente dita. Foi como se eu tivesse participado da minha primeira classificação. Estacionei o kart, tirei o capacete. Meu cabelo estava empapado, minha camiseta molhada de suor, minha boca seca.  Tirei as luvas e já tinha duas bolhas enormes nas mãos. Mas eu não estava em aí.

No fim, minha melhor volta foi a antepenúltima, em 1min21s156. O suficiente para me deixar em último lugar na minha bateria se houvesse uma corrida. Mas outra vez eu não estava nem aí.

Deixei o Daytona satisfeita de saber que, apesar de só ter “brincado” de piloto por 25 minutos, agora tenho muito mais noção de coisas que, até então, eram apenas teoria para mim. Saí também com a certeza de que, se eu treinar, posso melhorar nesta “brincadeira”.

E, como não podia ser diferente, voltei para Londres com um sorriso à la Ricciardo no rosto.

Ah, e claro, não foi apenas diversão (e aprendizado!!!). Teve trabalho também, como vocês podem ver aqui, aqui e aqui.

Minha evolução no kart

(Divulgação)

A Copa do Mundo está demais, concordo, mas acordei mais feliz hoje. Não só pelo belo dia de sol e calor em Londres, mas porque esta é semana de F-1 de novo! E de GP da Inglaterra. Em Silverstone. E que neste ano faz 50 anos.

Os organizadores da prova fizeram algumas coisas bem bacanas por conta disso, entre elas este infográfico (acima) com alguns dados curiosos e produziram um vídeo muito legal sobre a história deste circuito.

Vale a pena dar uma olhada.

Silverstone, 50

Ricciardo em ação no Red Bull Ring (Divulgação)

A FIA anunciou uma série de mudanças nos regulamentos técnico e esportivo da F-1 e que passam a vigorar já no ano que vem. As relargadas passam a ser com os carros estacionados no grid, os carros usarão placas de titânio no assoalho para fazerem faíscas, os horríveis bicos deste ano serão redesenhados para 2015, entre outras coisas.

E aí eu pergunto… e daí? O que isso de fato vai mudar a F-1? Nada. São só novidades superficiais que podem até deixar a categoria mais “atrativa” para os torcedores. Mas a verdade é que, nesta reunião do Conselho Mundial, o assunto mais importante para a F-1 atualmente acabou sendo deixado em segundo plano: o corte de gastos.

Dentre as novidades aprovadas em Munique para tentar conter os custos, ficou decidido que, a partir de 2015, cada piloto terá uma unidade de potência a menos (serão quatro), a utilização do túnel de vento diminuiu de 80 para 65 horas, os testes fora da Europa (antes e durante a temporada) foram banidos e o “toque de recolher” das equipes será uma hora mais longo nas noites de sexta. O uso do CFD (fluidodinâmica computacional) foi reduzido, as equipes não poderão usar mais de um túnel de vento para testes e duas sessões de treinos durante o ano foram extintas.

Já falei sobre isso aqui, mas insisto. Isso é pouco, muito pouco, para as equipes menores do grid. E as medidas parecem ter sido introduzidas mais para refinar o grid atual do que para tentar manter as equipes que já estão na categoria.

A verdade é que as cabeças que comandam a F-1 atualmente estão mais preocupadas em criar artifícios para tornar a categoria mais interessante do que em dar as ferramentas para que os times façam com que isso aconteça de maneira natural.

Basta lembrar dos momentos em que a Mercedes teve problemas nas últimas corridas para perceber como isso é fácil.

No Canadá, Ricciardo venceu de maneira espetacular depois que o carro de Rosberg falhou. Na Áustria, Massa e Bottas roubaram a primeira fila após o erro de Hamilton e a dificuldade de Rosberg.

Será que a F-1 precisa mesmo de placas de titânio e faíscas artificiais para fazer a alegria dos fãs? Ou precisamos de um grid mais equilibrado, no qual mais times e pilotos tenham chance de lutar por vitórias?

O pelotão embolado durante o GP da Áustria (Divulgação)

Poucos GPs conseguem ser um sucesso total. Seja por causa dos pilotos, das equipes, dos torcedores ou da imprensa, é sempre complicado realizar um evento em que todos saem contentes. E o GP da Áustria, dos 130 GPs que completei no último final de semana, me pareceu o que mais perto chegou disso.

Entre o público, o sucesso foi indiscutível. Mais de 205 mil pessoas estiveram no Red Bull Ring durante o final de semana, 95 mil só no domingo. Algo raro de se ver na F-1 ultimamente. Ok, a maioria saiu um pouco decepcionada com o resultado, já que a equipe austríaca deu vexame em casa.

Mas, fora Interlagos, está é a única pista do calendário em que os torcedores podem ver mais do que um curva, uma reta e um telão (se tiverem sorte). A elevação em Spielberg favorece os fãs, que, dependendo de onde estiverem, podem ver grandes trechos do circuito.

Os estacionamentos são próximos, há locais para acampar, o ingresso é relativamente barato (o “general admission” para o fim de semana custava 95 euros, um pouco mais de R$ 280) e não precisa ser um gênio para entender o motivo de a casa ter ficado cheia desde a quinta-feira.

Sobre isso, aliás, um parêntesis. Na quinta, o trânsito estava INSUPORTÁVEL ao redor do circuito. Demorei mais de 50 minutos para dirigir menos de dois quilômetros. Na sexta, depois de as autoridades colocarem em ação um plano de trânsito, a situação melhorou 95%.

Para nós, da imprensa, as instalações são de longe as melhores da temporada. A sala de imprensa é gigante, feita inteira de vidro, o que significa uma vista panorâmica não só da reta principal e dos boxes como de grande parte do circuito. Há grandes telões para acompanhar as sessões, o wifi é gratuito e a comida, idem. Tudo é muito funcional e ajuda a fazer com que nossa preocupação seja apenas o trabalho. Soube que os organizadores montaram um grupo e enviaram ao GP Brasil do ano passado para saber o que nós (da imprensa) precisávamos para poder se preparar para a corrida deste ano. Não podiam ter escolhido melhor, já que São Paulo, infelizmente, é um dos maiores anti-exemplos do calendário.

Para pilotos e equipes, não há muito o que reclamar também. O paddock é do tamanho ideal, nem muito grande nem muito pequeno. As garagens, idem. O circuito, apesar de pequeno, é interessante. Há possibilidade de ultrapassagens e, em alguns lugares, o traçado “convida” a erros. Nada que destrua uma sessão, mas que permite que os pilotos errem e voltem à pista, sem não antes terem sido “punidos”. Assisti ao terceiro treino livre, no sábado de manhã, do lado da curva 1 e é fácil perceber isso.

Cheguei a Spielberg imaginando encontrar uma segunda Nurburgring (farei um post mais para a frente falando do GP da Alemanha), mas saí de lá com a certeza de ter encontrado uma segunda Spa (minha corrida preferida na Europa). Não vejo a hora de voltar.

Minha visão da curva 1 no sábado de manhã

Hamilton e Rosberg comemoram a sexta dobradinha do ano (Divulgação)

Ontem a Williams conseguiu estragar a festa da Mercedes. Mas hoje, deu a lógica aqui em Spielberg e a equipe alemã conseguiu a sexta dobradinha do ano.

Rosberg só teve que esperar a primeira parada para assumir a ponta e vencer pela terceira vez no ano _ele tem agora 29 pontos de folga na liderança do campeonato, o que não é muito, mas, de grão em grão…

Hamilton teve um pouco mais de trabalho, mas basicamente resolveu sua corrida com uma largada brilhante. Pulou de nono no grid para quarto no final da primeira volta. Parou duas voltas depois de Rosberg e conseguiu superar Massa quando ele fazia sua primeira volta pós-pit. Depois, ficou a maior parte da corrida atrás de Bottas, que retornou entre ele e Rosberg, mas deu o bote quando o finlandês foi para sua segunda parada. Chegou em segundo e falou que a corrida foi para “limitar os danos” após a classificação.

A Williams fez o que se esperava e colocou Bottas em terceiro e Massa em quarto. Um excelente resultado para quem, há menos de um ano, sofria para não terminar atrás de Marussia e Caterham.

Massa deu duplo azar em seu primeiro pit, o que acabou com sua corrida. Primeiro tinha que ter parado algumas voltas antes, o que o colocaria à frente de Hamilton, pelo menos. E segundo, sua parada foi sete décimos mais lenta que a de Bottas. Uma pena, mas ao menos ele deixa Spielberg com uma pole a mais no currículo e mais confiante e motivado para as próximas corridas.

Ponto positivo para Alonso, que chegou em quinto e, em determinado momento, chegou a oferecer risco ao quarto lugar de Massa. Ponto negativo para a Red Bull, que viu apenas um de seus quatro carros (contando com os da “irmã” Toro Rosso) cruzar a linha de chegada em seu quintal, o Red Bull Ring. Vettel, Kvyat e Vergne abandonaram. E Ricciardo completou a prova em oitavo. Muito pouco para quem investiu tanto neste belíssimo circuito.