(FIA)

Voltas: 71
Distância: 307,020 km
Circuito: Red Bull Ring
Extensão: 4,326 km
Recorde da pista: M. Schumacher (2003), 1min08s337 (227,894 km/h)
Primeira corrida: 1964
Vencedor em 2003*: M. Schumacher (Ferrari), 1h24min04s888 (213,003 km/h)
Pole em 2003*: M. Schumacher (Ferrari), 1min09s150 (225,214 km/h)
Vitórias da pole: 7
Probabilidade de safety car: 71%
Asfalto: pouco abrasivo
Consumo de combustível: baixo
Desgaste dos freios: alto
Pneus: supermacio e macio
Largada: 9h (de Brasília)

*Última vez que o GP da Áustria foi disputado

Massa comemora a pole surpreendente em Spielberg (Divulgação)

Se nem Massa imaginava, eu então nem sonhava… Mas já me belisquei algumas vezes e sim, o brasileiro larga mesmo na pole neste domingo.

Não sei o que foi mais bacana, ver a reação dele ao conseguir sua primeira pole desde a do GP Brasil de 2008 ou a da F-1. Há tempos não via o paddock tão feliz por alguém como vi hoje aqui em Spielberg. Até eu, que não tive nenhuma influência no resultado de Massa, recebi milhares de parabéns só pelo fato de ser brasileira.

Verdade seja dita, Hamilton deu uma forcinha ao errar sua volta. Mas Massa _e Bottas, que também fez uma excelente classificação ao conquistar o segundo lugar no grid_ foi perfeito e colocou a Williams em primeiro, desbancando Rosberg.

O alemão deu duas desculpas (as duas me pareceram meio esfarrapas, mas…).

Primeiro disse que não conseguiu fazer sua última tentativa porque, com o erro de Hamilton, teve de levantar o pé por conta das bandeiras amarelas. E segundo porque seu carro está mais preparado para a corrida do que para a classificação. Sei…

Fato é que vai ser difícil para a Williams ficar à frente dele na corrida de amanhã. Como o próprio Smedley reconheceu, a Mercedes tinha o carro mais rápido hoje, mas as circunstâncias fizeram com que seus dois pilotos fechassem a primeira fila.

O segredo amanhã vai ser lidar bem com o desgaste dos pneus. A previsão é de que esteja mais quente do que hoje e isso pode atrapalhar algumas equipes e ajudar outras. Temos que ver como a Williams lidará com este fator.

Outra coisa preocupante para o time inglês são os erros recentes cometidos nos pit stops. Smedley também disse que isso foi bastante trabalhado desde o GP do Canadá e que eles não irão se repetir.

Mas para mim, o mais importante desta pole é que Massa reganhe a confiança em si mesmo. Algo que ele já parece estar fazendo desde que deixou a Ferrari, no fim do ano passado.

Honestamente não sei se a vitória é possível, mas um pódio já seria excelente. Espero que Felipinho empreste mais uma vez o Neymarzinho para ele 😉

Neymarzinho e Felipinho ao fundo

Hamilton, que fez o melhor tempo desta sexta, em Spielberg (Divulgação)

O circuito pode ser novidade para a maior parte do grid, mas o primeiro dia de treinos aqui em Spielberg mostrou que o cenário da F-1 neste final de semana não deve trazer muita novidade. Pelo menos não no treino de classificação.

A dupla da Mercedes nem precisou suar para ficar com os melhores tempos do dia. Rosberg foi o mais rápido de manhã, seguido por Hamilton. À tarde, os dois trocaram de posição e o inglês cravou a melhor marca do dia, seguido de perto pelo companheiro.

Com uma folga de quase meio segundo para a concorrência, os dois devem monopolizar a disputa pela pole neste sábado.

Alonso colocou a Ferrari em terceiro nas duas sessões. E a dupla da Williams ficou logo atrás, repetindo o bom desempenho que mostrou no Canadá.

Massa estava bastante confiante depois dos treinos e falou que a disputa entre eles, Ferrari e Red Bull vai ser apertada. Vamos ver se desta vez ele tem melhor sorte e consegue um bom lugar no grid.

Apesar de o brasileiro acreditar que a Red Bull estará perto na classificação, a sexta-feira foi complicada tanto para Vettel como para Ricciardo.

O alemão rodou no treino da manhã e, pouco depois, o companheiro errou no mesmo local _mas não rodou. No fim do dia, Vettel ficou com o sexto tempo e Ricciardo, com o oitavo.

Vista parcial do Red Bull Ring (Divulgação)

Adoro quando um GP novo entra no calendário. Ok, tecnicamente o GP da Áustria não é novo, mas a última vez que ele foi disputado, em 2003, eu ainda não cobria a F-1.

Sempre existe aquela expectativa para saber como serão as instalações, a elevação da pista (porque por mais que a gente veja imagens na TV, ver ao vivo é sempre diferente, a Eau Rouge que o diga…), a sala de imprensa, o lugar que vamos nos hospedar, etc e tal.

Bom, cheguei a Spielberg ontem e até aqui estou adorando.

Já apelidamos de “mini-Spa” por aqui pela semelhança na paisagem, nas estradinhas e no clima “campestre”. O apartamento que estou, a uns 30 km do circuito, é um sonho. Moderno, bem equipado, uma vista linda.

As instalações na pista também surpreenderam positivamente. A sala de imprensa é ampla, tem uma vista incrível de trechos do circuito, boa internet, ou seja, tudo que precisamos para trabalhar.

O único ponto negativo até agora é o trânsito para chegar à pista. Hoje foram mais de 45 minutos para andar dois quilômetros… #ninguémmerece

Os organizadores já prometeram para amanhã um esquema de trânsito especial para tentar solucionar o problema. A ver…

Enquanto isso, aqui vai a agenda do fim de semana, no horário de Brasília:

Sexta

• 5h às 6h30 – treinos livres
• 9h às 10h30 – treinos livres

Sábado

• 6h às 7h – treinos livres
• 9h – treino de classificação

Domingo

• 9h – GP da Áustria – 71 voltas (307,020 km)

Schumacher em seu último GP, no Brasil, em 2012 (Divulgação)

Dizem que de médico e louco todo mundo tem um pouco. E o que mais se viu na internet desde ontem (ok, sem contar a Copa, obviamente), foi gente palpitando sobre o estado de saúde de Schumacher, o tempo de recuperação, as sequelas que ele terá, etc e tal.

É muito difícil tentar fazer qualquer tipo de análise neste caso por dois motivos simples. O primeiro, ninguém sabe (nem os médicos de verdade que resolveram opinar) ao certo o tipo de lesão que ele teve nem o estado em que ele está hoje. Todo mundo fica tentando ler as entrelinhas dos comunicados vagos distribuídos por sua empresária/assessora para dar seu pitaco.

E o segundo, e talvez principal motivo, é que lesões cerebrais são diferentes de pessoa para pessoa e não seguem um padrão.

A família, mais uma vez, pediu privacidade e Sabine disse que não há previsão de novos comunicados. Ou seja, continuaremos sem informações até que eles decidam que há algo a ser dito.

O fato de Schumacher ter deixado o hospital em Grenoble pode até ser uma boa notícia. Mas isso só tempo nos dirá. O longo período em que o heptacampeão permaneceu em coma pode ter deixado graves sequelas.

Muita gente festejou sua ida para um centro de reabilitação na Suíça, mas a verdade é que não sabemos em que condições ele foi.

Enfim, muita calma nesta hora.

Vettel dá um banho de champanhe em Ricciardo no pódio do Canadá (Divulgação)

O GP do Canadá nunca decepciona. Sempre garantia de emoção. E hoje não foi diferente.

Para resumir em poucas palavras, com menos de dez voltas para o fim, cinco pilotos podiam ficar com a vitória: Rosberg, Perez, Ricciardo, Vettel e Massa (sim!!). A diferença de Rosberg, o primeiro, para Massa, o quinto, era de 1,8 segundo…

No fim ela acabou em boas mãos. Coube a Ricciardo, que chegou ao seu primeiro triunfo na F-1, acabar com a hegemonia da Mercedes neste ano. Depois de seis corridas entre Hamilton e Rosberg, enfim um novo vencedor.

Tudo bem que o australiano foi ajudado pelo fato de Hamilton ter abandonado com problemas no freio de seu carro e por Rosberg também ter sofrido com falhas no sistema de recuperação de energia e nos freios. Mas, como o próprio Ricciardo (mais sorridente do que nunca) disse, ele conseguiu capitalizar no dia que a Mercedes falhou.

Rosberg ainda conseguiu chegar em segundo e aumentou sua vantagem para Hamilton na ponta do Mundial de quatro para 22 pontos. Nada mal. Como eu disse ontem, esta corrida pode ter definido o campeonato…

É a hora da verdade para o inglês mostrar que amadureceu e que não vai se deixar levar pela má fase.

Vettel chegou em terceiro e deve estar morrendo de saudades do tempo em que o australiano do outro lado da garagem era Webber e não Ricciardo.

A maior decepção do domingo foi Massa acabar a corrida no muro. O brasileiro fez sua melhor apresentação do ano e estava com um carro incrível.

Teve azar no seu primeiro pit, quando a pistola não funcionou e perdeu quatro segundos. Caiu para 13º e foi se recuperando aos poucos. Na 46ª volta tornou-se o primeiro piloto a não ser da Mercedes a liderar uma volta em 2014. Ficou na frente por mais uma volta e teve de ir aos boxes na 48ª volta.

Com pneus bem mais novos que os da concorrência, voltou à pista voando e fazendo ultrapassagens. Cravou a melhor volta da corrida até que chegou ao “trenzinho” que disputava a vitória. Mas, na tentativa de ultrapassar Perez, foi acertado pelo mexicano e os dois foram para o muro.

Eles foram levados ao hospital por precaução, mas voltaram à pista depois para falar com os comissários.

Perez foi punido por causar a batida e perdeu cinco posições no grid na Áustria. Massa estava bem chateado quando voltou à pista e tinha razão. Hoje era dia para ir pelo menos ao pódio. Na boa, tá na hora de ir se benzer…

(FIA)

Voltas: 70
Distância: 305,270 km
Circuito: Gilles Villeneuve
Extensão: 4,361 km
Recorde da pista: R. Barrichello (2004),  1min13s622 (213,246 km/h)
Primeira corrida: 1978
Vencedor em 2013: S. Vettel (Red Bull), 1h32min09s143 (198,759 km/h)
Pole em 2013: S. Vettel (Red Bull), 1min25s425  (183,782 km/h)
Vitórias da pole: 19
Pit stops em 2013: 44
Ultrapassagens em 2013: 39
Probabilidade de safety car: 50%
Asfalto: pouco abrasivo
Consumo de combustível: alto
Desgaste dos freios: alto
Pneus: supermacio e macio
Largada: 15h (de Brasília)

Massa, que chegou a ser terceiro, mas larga em quinto em Montréal

É, quando todo mundo achava que ia ser uma pole tranquila de Hamilton, eis que Rosberg vem e acaba com a festa do companheiro de Mercedes em Montréal. A cara do inglês quando desceu do carro disse tudo…

Rosberg pode estar ganhando o campeonato agora. A vitória em Mônaco foi importantíssima para ele quebrar o momento do parceiro, que vinha de quatro vitórias seguidas. E esta pole foi importante também. Se vencer amanhã vai ser interessante ver a reação de Hamilton daqui para a frente. Ou ele vai mostrar que continua tendo seus altos e baixos ou que enfim amadureceu e que aprendeu com a instabilidade dos últimos anos.

Apesar de a vantagem da Mercedes continuar grande para a concorrência, as corridas no Canadá tendem a ser confusas e podemos (ou seria torcemos?) ver alguma surpresa amanhã. Vettel em terceiro é sempre uma ameaça.

E a Williams idem. Massa e Bottas foram bem o final de semana todo e se fizerem boas largadas e acertarem na estratégia podem ir ao pódio. Apesar disso, o brasileiro decepcionou neste sábado.

Massa foi mais rápido que o finlandês no treino livre desta manhã, depois no Q1 e no Q2. Mas chegou no Q3 e… deu Bottas. O brasileiro estava visivelmente decepcionado porque sabia que podia até largar em terceiro. Agora é fazer uma boa largada e tentar não errar na corrida.

Rosberg, que fez o segundo melhor tempo da sexta-feira em Montréal (Divulgação)

Na pista, a sexta-feira aqui em Montréal foi como qualquer outra até agora nesta temporada da F-1. A Mercedes tranquila e o resto correndo atrás.

Hamilton terminou o dia em primeiro, seguido por Rosberg. Vettel, Raikkonen e Alonso vieram atrás. O espanhol, aliás, fez o melhor tempo pela manhã.  A Williams mostrou que tem potencial para lutar com Ferrari e Red Bull e colocou Massa em sexto e Bottas em sétimo. No primeiro treino o finlandês já tinha feito uma boa quinta colocação _Massa teve problemas no carro e perdeu parte da sessão. Em resumo, a disputa pela pole, a não ser que algo muito bizarro aconteça, mais uma vez ficará entre a dupla da Mercedes.

Fora da pista, várias notícias pipocando pelo paddock, que, aos poucos, vai entrando no clima de Copa do Mundo com os pilotos vestindo as cores de seus países e dando pitacos sobre o que vai acontecer no Mundial no Brasil.

A principal novidade por aqui hoje foi a confirmação de algo que já vinha sendo comentado nas últimas corridas: o encurtamento dos finais de semana de corrida, com somente um treino às sextas-feiras para tentar cortar os gastos da categoria.

Acho a ideia interessante, já que muitas sextas durante o ano passamos a maior parte do tempo vendo os pilotos brincando com seus mecânicos nos boxes em vez de estarem na pista para economizar pneus. Para os fãs, no fim das contas, pode nem fazer tanta diferença assim. A mudança, que tem a aprovação das equipes, ainda terá de passar pela Comissão de F-1 e pelo Conselho Mundial da FIA antes de entrar para o regulamento.

Outra novidade aqui em Montréal veio da Ferrari, que a partir deste fim de semana reforçou o time de engenheiros de Raikkonen para tentar melhorar a comunicação entre o finlandês e o time e ver se o desempenho dele melhora. Até aqui está 6 a 0 para Alonso em corridas. Deste GP em diante, Antonio Spagnolo, engenheiro de Raikkonen, terá a ajuda de David Lloyd, que era engenheiro de testes da Ferrari. Vamos ver se agora a coisa vai…

A marca registrada do belo circuito canadense (Divulgação)

Poucas cidades abraçam tanto um GP de F-1 como Montréal. Do momento em que se desembarca na cidade que mistura o charme da Europa com a praticidade dos EUA você é bombardeado com F-1, F-1, F-1. Impossível não notar a paixão dos canadenses pelo esporte, o que transforma esta parada na América do Norte numa das favoritas de todos no paddock.

Além de a cidade ser bonita, vibrante, ter bons restaurantes e boas opções de diversão, o circuito fica pertinho, numa ilha linda, que, quando não recebe a F-1, é um parque para a população aproveitar no verão ou até mesmo no inverno. Um exemplo a ser seguido.

Para quem não irá acompanhar de pertinho a ação da F-1 neste final de semana, aqui está a programação, sempre no horário de Brasília:

Sexta

• 11h às 12h30 – treinos livres
• 15h às 16h30 – treinos livres

Sábado

• 11h às 12h – treinos livres
• 14h – treino de classificação

Domingo

• 15h – GP do Canadá – 70 voltas (305,270 km)